O Pote do Tempo [Tempo não se guarda, se gasta]
Um homem pensou guardar o Tempo
- logo o Tempo ‘que nunca espera’ -
botou num pote, pôs na janela
mas sem demora
um menino chutou uma bola
e o Tempo que fora guardado
num vidro que fácil quebra
correu foi lá pro campinho
feito criança esperta
gastou tudo que tinha em si
fez até gol de bicicleta.
[...]
O Tempo que fora guardado
num vidro que fácil quebra
correu por ‘ladeira afora’
com seu carrinho de rolimã
feito menino que não quer ir à escola
gastou tudo de si de manhã.
[...]
O Tempo que fora guardado
num vidro que fácil quebra
fez ‘comidinha’, deu ‘pápá’
despiu e vestiu,
por 1000 vezes sua boneca
ah, isso sim é gastar o Tempo,
eita criança esperta.
Bem lá na frente a gente vê
Repara,
E, observa (que):
[Tempo não se guarda, tampouco... ele espera]
P.S.: ainda há tempo - para quem está lendo – sempre há tempo, então abra o pote do Tempo, sem demora, deixe-o voar, pegue em suas asas, agarre firme pra decolar, a hora é sempre ‘o agora’, então borá aproveitar.
Obrigado pela leitura.
Por Anderson Horizonte - Autor de Rios de Lembranças, Ed. Chiado books 2021
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